segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Ave, Cézar!

(Pereira da Silva, Pereirinha)

 Nós o saudamos e rendemos sagradas homenagens.

 Esta é uma frase, digamos, mística, emblemática e sagrada, porque remonta há milênios. E é sabia.

 Nós, jornalistas, saudamos Cezar, o filho do homem, o filho da nossa história, o filho daquele que ousou e fez da sua vida a continuidade da herança do pai, da vida do pai Belarmino de Mattos e em seu nome abriu os caminhos que permitiram que nós chegássemos até aqui.

 Pois bem, sábado, dia 6 deste mês, faltando pouco mais de trinta dias para completar 94 anos de idade, Cezar Augusto de Mattos resolveu partir e ir ao encontro do pai, Belarmino de Mattos, que neste ano estará comemorando ao lado do Pai, e também do Filho, 125 anos de memória histórica.

 Nesse domingo, 7 do presente mês, atendemos a convocação do mestre e amigo e fomos, todos nós, amigos e familiares, acompanhando-o ao encontro do pai, abrindo o portão da sua nova morada, o Parque da Paz, onde seu corpo repousará, enquanto sua alma passará a velar por nós ao lado do pai e do filho.
Foto: Luiz Nicolela (O São Gonçalo)
O sol começava a descambar para o poente, quando a família decidiu que era chegada a hora. Lá estavam, dentro de um silêncio respeitoso os filhos Cecília, Edson, Regina, Eduardo, Arlene, Fátima e Márcia e muitos amigos, entre eles os jornalistas Rujany Martins, Jota Sobrinho, Adilson Guimarães, Dayse Alvarenga, Antônio Figueiredo e uma equipe do jornal O São Gonçalo, a jornalista Thuany Dossares e o fotojornalista Luiz Nicolella, que fizeram uma bela cobertura jornalística. Cezar foi um bravo, tanto quando o pai, Belarmino, mas sobretudo um homem cordial. No aplazível recanto transcendental, Rujany, Jota Sobrinho e Adilson fizeram relembranças. Destacaram o passado, mas mostraram que esse passado nunca estreve tão longe, porque Cezar Mattos sempre esteve perto de nós. Eu, por exemplo, um estrangeiro, nordestino de boa cepa, porém, brincava com Cezar quando o visitava na redação ou na oficina do jornal O São Gonçalo: - meu amigo, permita-me dizer, isso aqui precisa melhorar.

 Cezar respondia, Pereirinha, você já viu alguma redação organizada, alguma oficina sem graxa e papel espalhado pelo chão? E ele tinha razão, porque oficina de jornal é isso mesmo, uma bagunça. A redação nos dias de hoje anda mais arrumada, mas tem pouco calor humano. Então, Ave Cezar!, teus amigos o saúdam!

 *Pereirinha é secretário da União dos Jornalistas e Comunicadores de São Gonçalo (UNIJOR), editor do jornal Metrô Car e colunista dos jornais Monitor Mercantil (Rio) e Jornal de Hoje (Nova Iguaçu).

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Unijor se prepara para homenagear o Capitão Belarmino


Uma comissão nomeada em Assembléia da UNIJOR, ainda em 2015 está responsável por viabilizar uma homenagem, ainda não realizada, ao precursor da imprensa gonçalense, o Capitão Belarmino de Mattos, que faria 125 anos em 2016.

O "Velho Capitão", como era conhecido, foi o fundador do Jornal "O São Gonçalo", hoje sob o comando da família Salgado de Oliveira. Era amante e apoiador do desporto e das artes.
Entre os eventos, já está sendo agendado um espetáculo de Ballet, dirigido pela bisneta do homenageado, Lilian Mattos.

A Comissão de Homenagem ao jornalista Belarmino de Mattos é presidida por sua neta, também jornalista, Cecília Setúbal - filha de César Mattos - e conta com vários nomes importantes do jornalismo de São Gonçalo.

Conforme informou Cecília, as reuniões da Comissão acontecem todas as quartas-feiras, de forma itinerante. A próxima está marcada para o dia 17, às 16h, na Casa das Artes Villa Real, em São Gonçalo.

Também foi criado um Blog, semanalmente atualizado, com intuito de informar os internautas interessados, que é: "http://jornalistabelarminodemattos.blogspot.com.br". Também existem dois e-mails de contato: o da Comissão, que é belarminodemattos125@gmail.com, aberto pela própria presidente da Comissão e o unijorsg@gmail.com, aberto por Frederico Carvalho - presidente da Unijor.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Convite para Reunião

O Presidente da União de Jornalistas e Comunicadores de São Gonçalo – UNIJOR – convida para Reunião Plenária a se realizar em 19 de fevereiro de 2016, às 15h, na sede do SINEPE – Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de São Gonçalo – sito à Rua Dr. Nilo Peçanha, 110 sala 1410 – Centro – São Gonçalo.
Ordem do Dia:
1)      Leitura da Ata da Reunião anterior (Pereira da Silva, Pereirinha);
2)      Informe da Tesouraria (E. Chemale e J. R. Torres);
3)      Informe sobre a homenagem ao Capitão Belarmino de Mattos (Cecília Setúbal e Comissão);
4)      Apresentação do Aplicativo da Globonews (Darc Freitas de Andrade / Nosso Jornal)
5)      Assuntos diversos
São Gonçalo, 11 de fevereiro de 2015


Pereira da Silva, Pereirinha
 - Primeiro Secretário -

sábado, 2 de janeiro de 2016

A Bela Flor do Lácio

Pereira da Silva, Pereirinha
        O lirismo na forma, no conteúdo, e a dramaticidade na apresentação da lírica ainda estão entre nós. Ambos teriam morrido na Semana de Arte Moderna, em 1922, com Mário e Oswaldo de Andrade, Menoti Del Picchia, Guilherme de Almeida, Manuel Bandeira, Anita Malfatti, Victor Brechet, Tarcila do Amaral, Ronald de Carvalho, Graça Aranha e até Villa-Lobos. Os dois primeiros foram os seus mentores, mas Graça, instigado por Ronald de Carvalho, deu o combustível para que a chama latente nos corações e mentes desses moços virasse labareda.

O lirismo veio da península italiana, onde foi uma grandiosidade, particularmente na Veneza e Florença. Primeiro aportou em Portugal, onde teve um Luís de Camões como o seu mestre, igualando-se na épico aos mestres italianos. Almeida Garret também lá pontificou, como bem demonstra em seus livros o crítico Afrânio Coutinho, e chegou por aqui provavelmente no século 19, e teve grandes representantes. Olavo Bilac, Gonçalves Dias e até José de Alencar, o indianista, foram mestres dessa prosa poética.

É díficil nos dias de hoje encontrarmos a musa que transpira lirismo, mas há quem a veja por aí e nela se inspira com paixão e forte sentimento de amor ao ser humano, à natureza e ao seu criador, Deus onipotente. Entre  nós existe um grande apaixonado e trabalha como ourives tecendo todas as cores e formas do poema lírico. Seu nome: Oton São Paio.

No grande poema épico de Camões, Os Lusíadas, tem lirismo e dramaticidade, arroujo, bravura e sentimento de luta, os poemas de Oton São Paio também os têm. Camões cantou a sua terra, a bravura dos filhos de sua pátria, enfrentou mar revolto, e indiferença, sendo mais tarde reconhecido como o grande mestre da língua. 

Olavo Bilac (1865/1918) cantor, no soneto "Língua Portuguesa", as características da nossa fala, assim se expressando:

- Última flor do Lácio, inculta e bela; és, a um tempo, esplender e sepultura:..

Hoje, continua bela, sim, mas não mais inculta.

Ao declamar, com forte dramaticidade e um apelo à consciência dos homens para o humanismo que deve existir entre nós, durante o encontro de confraternização dos amigos e integrantes da TV Ponto de Vista, no restaurante Boi a Kilo, Oton São Paio deu demonstração cabal de que o lirismo não morreu. Ele está entre nós, mais vivo do que nunca.

Oton São Paio interpretando lindas poesias.


O almoço de confraternização da TV Ponto de Vista, na madrugada de 2015 para o alvorecer de 2016, no restaurante Boi a Kilo, com os seus proprietários, Maria de Fátima e José Rodrigo do Carmo, entre nós, os convivas, Oton São Paio foi um regalo de amor ao próximo, exortando-nos ao amor divino, fraternal e humano.
Na nossa confraternização também poetou e fez brincadeiras gostosas, com pinta de advinhação, o nosso querido Professor Osvaldo Luiz Ferreira, e em nome da TV Ponto de Vista, falamos nós, Frederico Carvalho e eu, com lampejos de saudades, sem contudo saudosismo.

Citemos alguns presentes, como o sábio Rujany Martins, o jornalista e historiador Jorge Nunes, Prof. Osvaldo luiz, Agliberto Mendes, Cel. Oswaldo, Marisa Rodrigues, o comunicador Nelson Carneiro, Rosimary Fructuoso, Luiz Peres, Ana Alice nunes, Sílvia Savalla, Altair Silva, Adilson Guimarães, Jorge Wilman, o comandante Frederico Carvalho e sua Analuz Antunes, J. Sobrinho, Darc Freitas, Jó Siqueira, e muitos outros que estavam em espírito.

Vale, aqui, lembrar a atenção dos nossos amigos garçons, que atenderam os convivas com satisfação, atenção primorosa e amor, pois todos nós sempre nos consideramos integrantes da família Do Carmo. Esse momento de confraternização serviu como preparação feliz para receber de braços abertos e sorriso nos lábios o ano vindouro, 2016, que também estava se preparando para chegar e nos abraçar.

_____________________________________________________
Pereirinha* é secretário da União dos Jornalistas e Comunicadores de São Gonçalo, editor do jornal Metrô Car e colunista dos jornais Monitor Mercantil (Rio) e Jornal de Hoje (Nova Iguaçu).

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Caos no Trânsito


Pereira da Silva, Pereirinha*

Não há dúvidas, São Gonçalo vive momentos turbulentos na administração pública e no trânsito que podem ser traduzidos por apenas uma palavra: irresponsabilidade.

E de quem seria essa irresponsabilidade? Do prefeito e do seu secretario de transportes? As indagações são pertinentes, porque é inadmissível que as autoridades municipais não se preocupem com isso, que causa transtornos e sofrimento nas pessoas.

Há registros nos jornais e nas redes sociais. Ali, bem enfrente ao prédio dos poderes, o trânsito é infernal a qualquer hora do dia e da noite, logo que o sol começa a brilhar e até quando ele se esconde com o entardecer e na escuridão da noite.

Os ônibus se enfileiram, lado a lado, espremendo os miúdos: carros de passeio, motos e até pedestres, e só andam a muito custo e algumas centenas de buzinadas.

Um pouco à frente do Clube Tamoio, à direita, no sentido Niterói, os ônibus circulares, outros que se destinam à cidade vizinha, fazem fila dupla, tripla e até quadupla.

É um inferno.

E o drama se estende até os bairros: Jardim Catarina, Santa Luzia, Pacheco, Santa Isabel, Santa Catarina, Engenho Pequeno, Neves, Galo Branco, Trindade, Mutuá, Portão do Rosa...
Nenhum está a salvo.

E o mais grave: as multas se multiplicam. Os motoristas são multados a torto e a direita, como se diz, sem nenhum critério. Falam até que os guardas seriam preparados para multar. Multa-se ao bel prazer ou na razão direta do humor de cada um dos uniformizados.

Seria, por isso, que os donos dos carros multados acusam a existência de uma trágica "indústria da multa" no município ou num liguajar de pobre "são uns caças-niqueis".

Caças-niqueis que valem centenas e centenas de reais. Enquanto isso os ônibus que servem ao povo, aos trabalhadores, são pouco seguros e velhos. Há alguns - só para fazer justiça há alguns poucos - que são remediados, outros em bom estado, mas a maioria está caindo aos pedaços e é uma maioria perigosa, pois coloca em risco a vida dos passageiros e dos motoristas.

Uma desgraça.

E os idosos sofrem com isso. Ônibus de uma porta - os da ABC são bons exemplos -, agridem os idosos que são impedidos de viajarem neles, a não ser que paguem a passagem. 

Ora, durante muitos anos os idosos pagaram diretamente do próprio bolso a passagem nesses velhos e carcomidos coletivos. Agora, os idosos conquistaram esse direito do passe livre, mas isto não é nenhum favor, porque a passagem deles está embutida na tarifa, anualmente reajustada com uma forte margem de lucro para os empresários de ônibus.

Essa manobra do ônibus de uma porta, que não deixa de ser urbano, mesmo os que se dirigem para Niterói ou para o Rio. Os ônibus da Fagundes e da Coesa respeitam o direito do idoso, inclusive em coletivos com ar condicionado.

São Gonçalo deveria seguir o exemplo de Niterói, onde grande parte dos ônibus tem ar condicionado, com trajeto até mais longo do que em SG, e passagem mais barata. Em relação ao trajeto, em termos de distância, o Rio também é exemplo. O trânsito na Cidade Maravilhosa, no entanto, também é um problema.

                * Pereirinha é primeiro secretário da União dos Jornalistas e Comunicadores de São Gonçalo (UNIJOR) e colunista dos jornais Monitor Mercantil (Rio) e Jornal de Hoje (Baixada Fluminense).

quinta-feira, 25 de junho de 2015

Sessão Solene da Câmara dá início ao Centenário de Carequinha

George Savalla Gomes, o grande Carequinha.
Ao contrário do que muitos pensam, Carequinha, o ícone de nossos Picadeiros, da Rádio, da TV e dos inúmeros shows pelo país afora, não é gonçalense por adoção, como dizem alguns. Sua família morava em Neves e o Circo da família estava em Rio Bonito.  Assim, bem que poderíamos inverter, dizendo que George Savalla Gomes nascera em Rio Bonito por um “acidente” de trabalho.

Historicamente isso conta. Mas Carequinha está muito acima de discussões meramente bairristas. Carequinha era, e é, de todos! Todos temos o direito de homenageá-lo pelo seu centésimo aniversário, mesmo que já tenha partido daqui há quase dez anos. E é isso o que faz uma Comissão auto constituída e reconhecida pelo poder municipal de São Gonçalo, que compreende entre os dias 18 de julho de 2015 e de 2016 como o “Ano do Centenário de George Savalla Gomes, o Palhaço Carequinha”.

Tal comissão, presidida pelo professor e comunicador Frederico Carvalho - presidente da UNIJOR, não se resume aos nomes publicados no decreto. Há muitas outras pessoas e entidades de envergadura, trabalhando com a própria família, para que nossos jovens e crianças conheçam melhor a importância de Carequinha nas Artes, na Cultura e, até na Educação do Brasil.

Em homenagem aos 100 anos desse grande artista, a Câmara Municipal de São Gonçalo realizará Sessão Solene, sob a presidência do Vereador Diego São Paio, na sede da OAB-São Gonçalo, no dia 17 de junho, às 19h, com a presença de autoridades, familiares, personalidades e público que deseje homenagear Carequinha.

Será apenas o primeiro evento, de muitos já programados, entre exposições, shows, lançamentos de livros, cartilhas e muito mais.


Quem tiver qualquer souvenir de Carequinha, como uma foto, um brinquedo, uma revista, reportagem, etc, pode se comunicar com a Comissão pelo Facebook (https://www.facebook.com/carequinha100anos), pelo e-mail carequinha100anos@gmail.com ou pelo telefone (21) 96429-2677.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Primeiro Secretário da Unijor critica atitude do Presidente da Câmara de São Gonçalo

Diney, uma lamentável decepção

Pereira da Silva, Pereirinha*

         Esperava tudo do presidente da Câmara Municipal de São Gonçalo, Diney Marins, até mesmo evitar os supostos amigos, esquecer os que acreditavam que ele existia, mas jamais poderia imaginar que para se livrar de algumas pessoas ele passasse a viver nas sombras ou se tornasse um ser invisível.
         Quando exonerou Evanildo Barreto, que não é jornalista, do comando da Assessoria de Comunicação Social, e convidou para substituí-lo o professor e comunicador Frederico Carvalho, diretor-presidente da TV e Rádio Ponto de Vista, saudamos a iniciativa declarando que Diney tinha acertado em cheio.
Primeiro porque liberava Evanildo para dedicar-se à Associação Comercial, da qual é presidente, e para cuidar dos seus negócios particulares como administrador de imóveis. Segundo, porque Frederico Carvalho é um profissional sério, honrado e competente.
         Agora, ao exonerar Frederico Carvalho, sem a ressalva elegante de que fora a pedido e sem sequer chamá-lo para uma conversa a sós, o vereador Diney Marins revelou que não passa de um soldado, que recebe ordens e que eventualmente está no exercício de um mandato parlamentar de terceira categoria.
         Esclareço: nada contra o soldado, pois o soldado é muito importante para a segurança da cidade, do estado e do país; e nada contra o mandato de vereador, que considero importante na formação política do cidadão que se dispõe a seguir a carreira política.
              Pereirinha é primeiro secretário da União dos Jornalistas e Comunicadores de São Gonçalo (UNIJOR), editor do jornal Metrô Car (Rio) e colunista do Jornal de Hoje (Nova Iguaçu), O Diário da Baixada.